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Como anda o coração das mulheres?

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15 de agosto de 2014

Ultimamente, nada bem! Hoje em dia, o risco de uma mulher enfartar é maior que o risco para homens, e a maioria delas desconhece esse fato.  A CERPO convidou o presidente da Regional ABCDM da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, Dr. Rogério Krakauer, para explicar as causas e o tratamento. Confira:

Atualmente as doenças cardiovasculares são as maiores causas de mortalidade e invalidez em mulheres, em especial após os 50 anos de idade. Uma das razões é que a mulher moderna adotou comportamento e estilo de vida semelhantes ao modelo masculino; por causa disso, ficou exposta a fatores de risco considerados, tempos atrás, exclusivos do homem, como tabagismo, obesidade e sedentarismo – o aumento de peso e a falta de atividade física são responsáveis pelos altos níveis de colesterol e pressão arterial, os quais contribuem para o surgimento da doença.

O novo estilo de vida também expôs a população feminina a outros novos fatores de risco de doenças cardiovasculares, entre eles, apneia do sono, poluição, enxaqueca, alimentos com alto valor glicêmico, frituras, doenças sexualmente transmissíveis (por exemplo, HPV), suplemento de cálcio (pós-menopausa) e artrite.

Pacientes com alto ou médio risco para desenvolver evento cardiovascular necessitam, obrigatoriamente, de acompanhamento médico.

Projeto Sinta seu Coração

A mulher assumiu ainda mais responsabilidades. Dados interessantes da pesquisa do projeto Sinta seu Coração (em parceria com a Editora Abril e a SOCESP), realizada em 2013, revelam que, no Brasil, 80% das mulheres trabalham e 37% são “chefes de família”. Nesse grupo, os principais sintomas relacionados a problemas cardíacos foram: dor no peito (89%), arritmia (88%), formigamento nos braços (87%), cansaço excessivo (74%) e falta de ar (68%).

Ainda de acordo com o estudo, apenas 30–40% das mulheres sabem da relação entre infarto e diabetes; da incidência menor do câncer de mama em relação ao infarto; que os sintomas de infarto em mulheres podem ser diferentes dos sintomas em homens; e que o risco de infarto é maior entre elas do que nos homens.

Outros dados preocupantes: apenas 34% das mulheres fazem exames específicos para o coração, como eletrocardiograma, teste ergométrico e outros; a maioria se informa sobre saúde cardiovascular na internet e em revistas, sendo que menos da metade vai ao médico com essa finalidade. Os sintomas de infarto muitas vezes são confundidos com estresse, nervosismo e pontadas incaracterísticas no peito, podendo propiciar erros diagnósticos.

Menopausa

O sistema cardiovascular das mulheres é “protegido” naturalmente nas primeiras décadas de vida devido à exposição hormonal (estrógeno e progesterona). Por volta dos 50 anos de idade, o climatério e a menopausa decretam a diminuição irreversível dos hormônios, deixando as mulheres mais expostas ao processo de acúmulo de gordura na parede dos vasos, o que, somado à herança genética e aos clássicos fatores de risco para problemas cardiovasculares (tabagismo, hipertensão arterial, diabetes, colesterol e triglicérides descontrolados, obesidade, estresse e depressão), aumenta as chances de infarto e outros problemas cardíacos.

Cuidados

- Não fumar.

- Praticar exercícios físicos regularmente (pelo menos três vezes por semana).

- Ter bons hábitos alimentares, incluindo na dieta frutas, verduras, legumes, carnes magras e cereais integrais.

- Reduzir o consumo de álcool.

- Estar atenta aos sinais de depressão ou estresse e, em caso de dúvida, procurar auxílio médico.

- Ir ao médico regularmente para consultas de rotina e seguir corretamente suas orientações.

- Sempre procurar atendimento médico ao menor sinal de dor no peito ou desconforto torácico, em especial se já possuir algum fator de risco.



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