Para chegarmos à maturidade com autonomia, alegria e disposição, é fundamental a manutenção correta da nossa saúde ao longo da vida. Como? Com a adoção de um estilo de vida saudável e cuidados na prevenção e controle de doenças, principalmente as crônicas. A endocrinologista Sylvia Giotto Abdian aborda o tema. Fique por dentro!

A grande preocupação vigente é o diagnóstico precoce da hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia (aumento do colesterol e triglicérides) e a prevenção da obesidade. Quando não controladas adequadamente, essas ocasionam doenças cardiovasculares que são, atualmente, as principais causas de óbito – mais do que o câncer.

O AVE (Acidente Vascular Encefálico), o IAM (Infarto Agudo do Miocárdio), a IRC (Insuficiência Renal Crônica), que tem como causa a hipertensão arterial sistêmica e a diabetes mellitus tipo 2, são doenças silenciosas (sem sintomas evidentes) e podem surgir antes dos 60 anos de idade. A incidência da hipertensão arterial na população com idade média de 40 anos é de cerca de 35%, e nas crianças e adolescentes é de 4%. Portanto, é uma preocupação séria da saúde pública no Brasil. Além do diagnóstico e do tratamento precoce, é necessário conscientizar a população da importância da adoção de um estilo de vida saudável.

EM DIA COM A SAÚDE

Para estar em dia com a saúde, o primeiro passo é reduzir a ingestão de sal (o recomendado é menos de 2,4g de sódio por dia, o equivalente a uma colher das de chá de sal), acompanhado da alimentação com muitas frutas, legumes, verduras, cereais integrais, leite e derivados desnatados; é importante também evitar alimentos industrializados, frituras, alimentos com alto teor de gordura/ gordura animal e combater o alcoolismo e o tabagismo. Essas medidas visam, ainda, à redução de peso – a obesidade provoca no organismo um quadro de resistência à insulina (hormônio que controla a glicose), o que agrava a hipertensão, desencadeia a diabetes mellitus e acelera o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

É também fundamental diagnosticar precocemente e tratar a diabetes mellitus no adulto (tipo 2), pois, por se tratar de uma doença silenciosa, quando os sintomas surgem, significa que a pessoa já apresenta alterações glicêmicas há muitos anos (de 5 a 10 anos), como circulatórias e, inclusive, alterações visuais (retinopatia).

A incidência de diabetes mellitus tipo 2 (não dependente de insulina) varia conforme as regiões do país. Nos grandes centros do Brasil, atinge cerca de 13% da população. O tratamento, além da dieta pobre em carboidratos, deve seguir a mesma regra e a mudança de estilo de vida citadas anteriormente.

VISÃO

A hipertensão e a diabetes podem provocar retinopatias hipertensiva e diabética, que são as principais causas de cegueira em adultos – 50% dos casos no Brasil. A diabetes é responsável, também, pelo aumento da incidência de catarata e glaucoma.

É IMPORTANTE:

• Consultar-se com um médico endocrinologista e fazer check-ups periodicamente.
• Sair do sedentarismo: caminhar 30 minutos por dia, 5 vezes por semana.
• Cuidar da mente, evitando o estresse e reduzindo a ansiedade.