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PRIMAVERA: A ESTAÇÃO DAS ALERGIAS OCULARES

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22 de setembro de 2020

As alterações e instabilidades climáticas dessa época do ano, variam entre clima seco e algumas chuvas esporádicas, contribuindo para o desenvolvimento de vários tipos de alergias oculares, como conjuntivites primaveril e viral.

Conjuntivite Alérgica é a alteração da superfície ocular causada por mecanismo de hipersensibilidade a algum agente alérgeno. Essa doença tem como principal sintoma o prurido ocular.

Conheça as principais:

A conjuntivite alérgica sazonal é a forma mais comum de alergia ocular. As crises da forma sazonal ocorrem em certas estações do ano e são desenvolvidas pela exposição ao pólen. Elas desaparecem com o fim da emissão do alérgeno e a pessoa apresenta episódios sazonais de prurido, hiperemia conjuntival e hipertrofia papilar da conjuntiva palpebral superior.

A conjuntivite alérgica perene é semelhante a sazonal, porém, crônica e com os sinais e sintomas menos intensos. Ela ocorre ao longo do ano todo, com exacerbações sazonais discretas. Acontece pela exposição a alérgenos perenes, normalmente domésticos, como o ácaro presente na poeira doméstica.

Para ambas o tratamento é:

- Inicialmente consiste em evitar o alérgeno (medidas de higiene ambiental);
- Compressas frias (água filtrada/evitar água boricada) para aliviar o prurido;
- Durante as crises da forma sazonal ou na exacerbação da forme perene (anti-histamínico tópico por 15 a 30 dias);
- Casos leves podem ser tratados com anti-inflamatórios tópicos;
- O tratamento com medicamentos deve ser instituído apenas quando os sinais e sintomas são realmente fortes.

A Ceratoconjuntivite Primaveril é uma afecção alérgica crônica bilateral da conjuntiva, com exacerbações sazonais e mais frequente na primavera e verão, em regiões de clima quente e seco. Afeta principalmente meninos entre 2 e 10 anos de idade, com tendência a resolução espontânea na puberdade. Antecedentes pessoais e familiares de doença são frequentes.
A apresentação clínica é geralmente prurida, lacrimejamento, fotofobia e secreção na mucosa.
O tratamento indicado é eliminação do alérgenos. Nos casos leves, devem ser feitas compressas geladas e pode ser receitado pelo oftalmologista a aplicação de vasoconstrictores e anti-histamínicos tópicos. Nos casos graves a aplicação de esteroides tópicos pode ser necessária.

Dermatoceratoconjuntivite Atópica:
Ela é uma inflamação crônica e bilateral da conjuntiva e pálpebra. As crises são mais frequentes no inverno, principalmente no sexo masculino, após os 40 anos de idade, embora tenham sido descritos casos em crianças.
As crises são geralmente desenvolvidas por exposição a ácaro presente no pó doméstico e em pelos de animais. Durante as crises, os sintomas são intensos e caracterizados pela presença de prurido, lacrimejamento, visão embaçada e fotofobia. As pálpebras apresentam descamação.
O tratamento, como na ceratoconjuntivite primaveril é a eliminação do alérgeno. Por representar a forma mais grave de alergia ocular, durante as crises, recomenda-se o uso de anti-histamínicos tópicos por 15 a 30 dias associados a estabilizadores de mastócitos por tempo prolongado. Quando houver envolvimento da córnea, corticoides tópicos potentes são mandatórios para controle da crise e lágrimas artificiais podem ser indicadas principalmente nos casos de olho seco secundário associado a doença.

As alergias devem ser acompanhadas pelo médico oftalmologista e serem tratadas de forma com que os sintomas sejam neutralizados na maioria das vezes.

Algumas dicas de prevenção:
• Lavar as mãos e rosto com frequência;
• Evitar coçar os olhos;
• Secar o rosto com toalha de papel, se a opção for toalha de tecido o ideal é trocar o acessório todos os dias;
• Nunca compartilhar máscara, lápis de olho ou delineadores;
• Não se automedique ou compre algum remédio sem indicação e orientação de um médico – cada caso deve ser avaliado individualmente.

 

Caso tenha algum dos sintomas citados, procure um médico para diagnóstico e tratamento.

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