Progressiva e complexa, o diabetes é uma doença silenciosa que afeta os vasos sanguíneos do olho e pode provocar a retinopatia diabética, a principal causa de cegueira em pacientes que tenham entre 20 e 74 anos de idade.
Quem alerta sobre os perigos dessa doença é o especialista da CERPO Dr. Thyarles Tomichi.
Hoje, o diabetes é uma das maiores causas de cegueira na população adulta. Estima-se que no Brasil existam 12 milhões de diabéticos; destes, mais de 50% devem desenvolver retinopatia diabética ao longo da vida, com perda de parte da visão ou, se não for tratada, com perda total da visão.
O que é
A retina é responsável pela captação e conversão da luz em estímulos nervosos que vão até o cérebro, formando um sistema complexo que nos permite ver o mundo da forma que o conhecemos.
Causada por altas taxas de açúcar no sangue, a retinopatia diabética consiste em lesões nos vasos sanguíneos da retina.
Ao contrário do que se imagina, essa doença não está ligada somente à idade. Adolescentes e adultos também podem desenvolvê-la caso não tenham um bom controle glicêmico. Muitas vezes é silenciosa e detectável apenas com o exame de fundo de olho, e, quando chega a provocar sintomas, geralmente já está em um estágio avançado.
Tratamento
A melhor proteção contra esse grande mal é o controle do nível de glicose associado a exames periódicos da visão efetuados por um oftalmologista.
Felizmente contamos com muitos recursos para o tratamento, como, por exemplo, lasers, medicações e cirurgias, mas as principais armas ainda são a prevenção e o tratamento precoce, por isso não deixe de procurar o seu oftalmologista regularmente.
CURIOSIDADES
- Oscilações dos níveis de glicose também causam oscilações no grau do paciente e, com isso, flutuação na qualidade da visão.
- O exame que mede a hemoglobina glicada é um dos mais eficientes para avaliar o controle do diabetes. Ele revela a média do nível de glicose nos últimos quatro meses.
- A adoção vigorosa de hábitos de vida saudáveis, como a prática de exercícios aeróbicos diários e a reeducação alimentar, pode, em alguns casos e com orientação médica, contribuir para a independência de medicações diárias para o tratamento do diabetes.