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Viciados em tecnologia

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7 de dezembro de 2015

O uso abusivo de celular, computador, internet e redes sociais, cada vez mais presentes na vida das pessoas, pode se tornar um vício semelhante ao das drogas.

Estudo realizado pela empresa Ericsson, em 2012, revelou que brasileiros nascidos a partir de 1990 têm uma relação visceral com a internet e passam grande parte do seu tempo conectados. Entre outros dados, o estudo identificou, ainda, que esses jovens são dependentes da tecnologia: nove em cada dez deles possuem um aparelho celular; 70% têm um computador em casa; 92% gostam tanto de teclar quanto de falar ao telefone; e a maioria necessita de mobilidade e conexão 24 horas por dia – não se desconecta nem mesmo ao assistir televisão.

Comportamento normal, moldado pela vida contemporânea, ou dependência patológica?

“O limite entre o uso e abuso das tecnologias é muito tênue, porque tanto o uso normal como o patológico está, atualmente, dentro da classificação abusiva”, observa a psicóloga e Dra. em Saúde Mental Anna Lucia Spear King, coordenadora do Grupo Delete (Desintoxicação Digital e Uso Consciente de Tecnologias) do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Os sinais da dependência patológica são nítidos quando trazem consequências indesejáveis para a vida profissional, social e familiar”, avalia.

O tema merece a devida atenção, pois cresce em todo o mundo os casos de nomofobia –expressão surgida na Inglaterra e que significa a fobia de ficar sem o telefone celular, computador e internet. O desenvolvimento da nomofobia, que independe da idade e do sexo, está sempre relacionado a um transtorno primário que o indivíduo já apresenta, como ansiedade, compulsão, fobia social ou timidez. “Por intermédio das tecnologias, uma pessoa compulsiva por natureza pode ficar dependente de games, ou se tornar comprador compulsivo pela internet etc.; o tímido pode ficar dependente das redes sociais, entre outras situações”, observa a Dra. Anna Lucia.

Sintomas

No caso do dependente patológico, a privação do uso de dispositivos eletrônicos pode gerar diversos sintomas, inclusive a síndrome de abstinência, semelhante à sofrida por dependentes químicos. As alterações comportamentais e emocionais mais frequentes, relacionadas à impossibilidade de uso imediato, são: nervosismo, ansiedade, angústia, suor e tremores, preocupação excessiva com a internet, necessidade de aumentar o tempo on-line e desequilíbrio emocional após um período desconectado.

Tratamento

“O uso consciente é primordial. Por isso, quando extrapolado, deve ser identificado e encaminhado para avaliação e tratamento”, indica a Dra. Anna Lucia. A forma mais recorrente de tratamento é a terapia cognitiva comportamental e, dependendo do transtorno primário, como depressão e ansiedade, são prescritos acompanhamento psiquiátrico e medicamentoso.

“O Grupo Delete conta com uma equipe preparada para avaliações, orientações e palestras quanto ao bom uso das novas tecnologias. Todos esses serviços, até tratamento psicológico e médico, são oferecidos gratuitamente pelo Grupo Delete”, divulga a Dra. Anna Lucia. O e-mail para contato é: grupodelete@gmail.com

Uso Consciente das Tecnologias: os 10 Passos do Grupo Delete.

1- Bom senso para que o uso não se torne abuso no cotidiano;

2- Fique atento às consequências físicas (como privação de sono, dores na coluna, problemas de visão) e psicológicas (como depressão, angústia e ansiedade) devido ao uso abusivo;

3- Dose a prática de uso de tecnologias no cotidiano. Verifique se o seu desempenho acadêmico ou no trabalho estão sendo prejudicados;

4- Reflita sobre seus hábitos cotidianos e faça diferente;

5- Não troque atividades ao ar livre para ficar conectado;

6- Prefira uma vida social real à virtual, escolhendo relacionamentos/amizades reais ao invés de virtuais;

7- Pratique exercícios físicos regularmente/faça intervalos regulares durante o uso das tecnologias;

8- Não abale o seu humor com publicações virtuais/não acredite em tudo o que é postado;

9- Valorize suas relações familiares;

10- Pense no ambiente, recicle os aparelhos e evite a troca frequente sem necessidade.



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